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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Epagri-Sede. |
Data corrente: |
29/11/2005 |
Data da última atualização: |
07/05/2010 |
Autoria: |
CUNHA, G. R. da. |
Título: |
El Niño - Oscilação do Sul e perspectivas climáticas aplicadas no manejo de culturas no Sul do Brasil.
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Ano de publicação: |
1999 |
Fonte/Imprenta: |
Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, RS, v. 7, n. 2, p. 277-284, jul./dez. 1999. |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
O fenômeno El Niño-Oscilação do Sul (ENOS) ou apenas El Niño, como é referido nos veículos de comunicação de massa, possui duas fases: uma quente (El Niño) e outra fria (La Niña). O comportamento da temperatura das águas do Oceano Pacífico tropical (parte central e junto à costa oeste da América do Sul) associado aos campos de pressão (representados pelo Índice de Oscilação do Sul) altera o padrão de circulação geral da atmosfera. Com isso, acaba influenciando no clima de diferentes regiões do mundo, sendo o responsável pelos desvios em relação às normais climatológicas, ou seja, pelas chamadas anomalias climáticas persistentes, que duram de 6 a 18 meses, por exemplo. Particularmente no sul do Brasil, tem-se excesso de chuvas nos anos de El Niño e estiagem em anos de La Niña. Apesar da influência ocorrer durante todo o período de atuação desses eventos, há duas épocas do ano que são mais afetadas pelas fases do ENOS. São elas: primavera e começo de verão (outubro, novembro e dezembro), no ano inicial do evento, e final de outono e começo de inverno (abril, maio e junho), no ano seguinte ao início do evento. Assim, nessas épocas, as chances de chuvas acima do normal são maiores, em anos de El Niño (como ocorreu em 1997/98), e chuvas abaixo do normal, em anos de La Niña (exemplo, evento 1998/99). Com base nos impactos conhecidos do fenômeno ENOS sobre o clima do sul do Brasil é possível adotar-se uma série de estratégias na área de manejo de culturas, que possibilitam reduzir os riscos de natureza climática e otimizam o aproveitamento das condições favoráveis. Para a agricultura do sul do Brasil, destaca-se que tanto El Niño como La Niña não causam exclusivamente prejuízos. Nos anos de El Niño, por não faltar água no período de primavera-verão, em geral, as culturas de verão (soja e milho, particularmente) são beneficiadas. E, nos anos de La Niña, o exemplo típico é a cultura de trigo que é favorecida por primavera seca.. Esta condição meteorológica é favorável à cultura de trigo, porque diminui a ocorrência de doenças da espiga e melhora as caraterísticas de qualidade do grão avaliada através do peso hectolítrico (PH). Por outro lado, estiagens, que não são exclusividade de La Niña; exemplo a de 1990/91, causam sérios problemas às culturas de verão. Milho e soja são as mais afetadas. Nessas culturas, como destacado, os rendimentos são favorecidos pelo fenômeno El Niño (em função de chuvas acima do normal, no período primavera-verão). Finalmente, cabe salientar que os eventos ENOS (El Niño e La Niña) não se repetem exatamente iguais. Os impactos no clima vão depender da intensidade dos eventos. Por isso, os reflexos na agricultura sul-brasileira podem diferir entre as ocorrências dos episódios El Niño ou La Niña. Porém, de modo geral, é válido esperar uma tendência no padrão de resposta, conforme descrito. MenosO fenômeno El Niño-Oscilação do Sul (ENOS) ou apenas El Niño, como é referido nos veículos de comunicação de massa, possui duas fases: uma quente (El Niño) e outra fria (La Niña). O comportamento da temperatura das águas do Oceano Pacífico tropical (parte central e junto à costa oeste da América do Sul) associado aos campos de pressão (representados pelo Índice de Oscilação do Sul) altera o padrão de circulação geral da atmosfera. Com isso, acaba influenciando no clima de diferentes regiões do mundo, sendo o responsável pelos desvios em relação às normais climatológicas, ou seja, pelas chamadas anomalias climáticas persistentes, que duram de 6 a 18 meses, por exemplo. Particularmente no sul do Brasil, tem-se excesso de chuvas nos anos de El Niño e estiagem em anos de La Niña. Apesar da influência ocorrer durante todo o período de atuação desses eventos, há duas épocas do ano que são mais afetadas pelas fases do ENOS. São elas: primavera e começo de verão (outubro, novembro e dezembro), no ano inicial do evento, e final de outono e começo de inverno (abril, maio e junho), no ano seguinte ao início do evento. Assim, nessas épocas, as chances de chuvas acima do normal são maiores, em anos de El Niño (como ocorreu em 1997/98), e chuvas abaixo do normal, em anos de La Niña (exemplo, evento 1998/99). Com base nos impactos conhecidos do fenômeno ENOS sobre o clima do sul do Brasil é possível adotar-se uma série de estratégias na área de manejo de culturas, que possibilitam reduzir ... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
Agricultura; Alteração climática; Brasil; ENOS, El Niño; ENSO; La Niña; Manejo de cultura; Regiao sul; Sul do Brasil. |
Categoria do assunto: |
-- |
Marc: |
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Epagri-Sede (Epagri-Sede) |
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Registros recuperados : 4 | |
1. | | BERGAMASCHI, H.; CUNHA, G.R.da; BERLATO, M.A.; BRUNINI, O.; VIEIRA, H.J. Parametros aerodinamicos de uma cultura de Phaseolus vulgaris L. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROMETEOROLOGIA, 5, 1987, Belem, PA. O clima e o desenvolvimento rural brasileiro: coletanea de trabalhos apresentados...Belem: Embrapa-CPATU, 1987. p. 376-377.Biblioteca(s): Epagri-Sede. |
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3. | | WREGE, M.; STEINMETZ, S.; GARRASTAZU, M. C.; REISSER JÚNIOR, C.; ALMEIDA, I. R.; HERTER, F. G.; CARAMORI, P. H.; RADIN, B.; MATZENAUER, R.; BRAGA, H. J.; PRESTES, S. D.; CUNHA, G. R.; MALUF, J. R. T.; PANDOLFO, C. Atlas Climático da Região Sul do Brasil. Pelotas, SC: Embrapa, 2011. 332 p.Tipo: Organização/Edição de Livros | Circulação/Nível: -- - -- |
Biblioteca(s): Epagri-Sede. |
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4. | | CUNHA, G.R.da; HAAS, J.C.; MALUF, J.R.T.; CARAMORI, P.H.; ASSAD, E.D.; BRAGA, H.J.; ZULLO JUNIOR, J.; LAZZAROTTO, C.; GONCALVES, S.; WREGE, M.; BRUNETTA, D.; DOTTO, S.R.; PINTO, H.S.; BRUNINI, O.; THOME, V.M.R.; ZAMPIERI, S.L.; PASINATO, A.; PIMENTEL, M.B.M.; PANDOLFO, C. Zoneamento agricola e epoca de semeadura para trigo no Brasil. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Passo Fundo, v.9, n.3, p.400-414, 2001.Tipo: Artigo em Periódico Indexado | Circulação/Nível: -- - -- |
Biblioteca(s): Epagri-Sede. |
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